Monday, April 11, 2016

Welcome to a blog about my e-portfolio. I am exploring the capabilities of using this system to maintain electronic portfolios as part of my assignment of New Technology part III of Universidade Estacio de Sa. I will insert the hyperlink of some of my digital tasks here. Every portfolio has a purpose. My purpose for developing this portfolio is to show my skills in developing an electronic portfolio using some of the digital tools learned in class.

Thursday, December 23, 2010

Nunca exijam de mim perfeicao ao escrever, me poupem.

Hoje, dia 23 de dezembro de 2010. O verão começou ontem e hoje esta’ chovendo. Otimo porque o calor quando e’ sol se torna opressor. Uma dia agradavel então.
Hoje fiz um passeio com Sonia. Fomos dirigindo ao longo da costa niteroiense até o magnifico forte de Santa Cruz, construção de 1628, onde Euclides da Cunha foi preso e torturado. Cool! Antes passei na emergência do hospital psiquiatrico da cidade (não espalhem) para conseguir uma receita de remedio. O processo foi surpreendentemente tranquilo em se tratando de uma instituição de saude publica brasileira. Não havia pacientes mentalmente desafiados (eufismo ingles ao pe da letra) rodando a area. Bem consegui a receitinha e espero em breve voltar a normalidade psicológica.
Me irrita ter que escrever em portugues e me preocupar com os acentos. Linguas sem acentos, como o ingles, são tão mais simples. Troquei a configuração do meu teclado do ingles para o portugues e estou quase arrependido. Perdi o / e as " e ainda não acertei com os acentos agudos. Continuo ainda usando o inserir na barra de cima e os simbolos, justamente o que eu queria evitar quando troquei o teclado.
O ingles faz a vida ficar mais simples em geral. É convenção achar que o ingles e mais facial que o portugues, opinião baseada na enorme lista de conjugação de verbos. A maioria das pessoas acreditam nisso. Eu discordo. O paradoxo, e a ironia, e que o ingles e uma lingua mais dificil do que o portugues porque ele simplifica as coisas. Exemplo. Termos usados na culinaria. O vocabulario é bem mais extenso. Existem varias formas de explicar como cortar um vegetal. Voce slice, cut, chop, julienne, etc. E assim e com tantas outras coisas. Não estou com a mente muita clara nesse momento para expandir meu lexico. O ingles, alem de tudo, tem os prasal verbs. Tantos verbos que com a adição de preposições tais como in, on, up, away, down, etc o sentido das palavras, sempre de maneira sutil, que exige assim que a semantica alcance uma profundade maior que as linguas latinas.
Hoje é aniversário do Titinho, dono do boteco mais cool do universo. É um evento esperado anualmente. E alem do churrasco enfeitiçado das sextas-feiras teremos também arroz, farofa e molho vinagrete. Vou beber mais do que o normal porque amanhã começo a tomar a pilula. FUI, enfim.

Tuesday, December 21, 2010

This is abou the horrible week of December 12 to 19 and going

I was supposed to embark in an oil production ship for about a month to teach English there, and then one month vacation. I traveled for this other town for two weeks for training, where I was constantly tested, provoked, and sometimes humiliated. Then I passed it. I came back to Rio to do one more week of training to get a certificate in offshore safe procedures. I had hardly finished when I was contacted to embark the following day. I had to go back to Macae (3 hours from Rio), come back to Rio and take a helicopter to this platform. I was asked to do a urine toxicological exam and something came up due to the medication I was taking for anxiety. While I was waiting for them to solve the problem, I just snapped. I had a panic crisis so severe that I thought I would pass out right in the middle of the street.
I came back home and now I am trying to treat myself. I have noticed that I have been having anxiety issues from the last three years or so to this day. I used to love to travel and try new things, but all of a sudden I started to feel terrified to go anywhere.
It is just so horrible. I feel this enormous pressure in my chest and I become immobilized. I feel like something terrible is about to happen. I know that it is just anxiety but I cannot fight it. In this case fear feeds on fear. I feel like it will never go away and that I am doomed.
Fortunately I started to take the same medication in a more regular basis and I feel better today and yesterday too. I can’t wait to start felling normal again, after all this time.
Now I am in a kind of standby, in a professional limbo. I am employed and I am not working or getting any wage.
I cannot ask to be fire because there is a contract breaching fee, and besides I need to work, for all the obvious reason but also because I need to get rid of this problem once for all.

Sunday, November 8, 2009

BARULHO LÁ FORA


06/09/2006



O barulho da construção

Socando

…e martelando

…e perfurando,

Rasgando a paz da manhã

Crianças brincando no pátio da escola

Berrando

…e gritando

…e guinchando,

invadindo a letargia das tardes

Vizinhos no corridor

Batendo

…e pisando

…e socando

Se intrometendo no refúgio das noites

As Ruas de Uma Cidade em Dia de Apagão


08/11/2009, do original do ingles de 31/10/2006

Visto da ponte nada parecia estar fora do normal além da evidente leveza no transito. Uma vez descendo e iniciando a caminhada pelas ruas em direção a parte norte de Manhattan onde eu morava, eu comecei a perceber que estava participando de uma prossição que me lembrou o dia do ataque terrorista de 11 de setembro. A diferença agora é que as pessoas não carregavam nelas aquela expressão de terror, medo e vulnerabilidade. Alguns estavam até sorrindo. O que me pareceu novo foi a presença no ar de uma energia harmoniosa e democrática. Pessoas de todas etnias e classes sociais se juntaram por causa do apagão. Praticamente todos os residentes do Upper East Side, de classe média alta, estavam embaixo nas ruas naquele dia calorento. Eles se encontravam sentados na calçada ou conversando em pequenos grupos em frente aos seus luxuosos condomínios. Eles estavam impedidos de subir porque elevadores não funcionavam; outros desceram para escapar do ambiente abafado dos seus apartamentos privados de ar condicionado.
Rapidamente apareceram voluntarios para distribuir garrafas d’agua, e alguns caras se materializaram sabe se lá de onde para interpretar o papel de sinais de transito. Como no dia do ataque de 11 de setembro, todos caminhavam por diferentes direções mas para um destino em comum, as suas casas, e porque nenhuma tragedia havia occorrido, todos se moviam de uma maneira ordeira e relaxada.

Thursday, October 15, 2009

tinha 9 anos, continua

Por alguns meses minha mãe deixava o choro surgir no meio das tarefas domésticas. Ela, enquanto lavava roupas ou cozinhava, chorava, reclamava e lamentava. Me lembro de uma vez em que, enfurecida pelo peso da responsabilidade, se queixou que meu pai nao havia feito seguro de vida. Como se uma pessoa com 44 anos de idade, saudavel feliz fosse se preocupar com isso.

Fiquei em Santa Rita até terminar a segunda série primária e voltei a Carmo para passar as férias de verão. O falecimento do meu pai não deixou que eu fizesse das minhas férias outra coisa alem do que ela deveria ter sido para uma criança da minha idade. Brincava e explorava a vida na companhia de primos. Ainda assim os acontecimentos de alguns meses atras se manifestavam de forma sutil e curiosa, como na vez em que encontrei um filhote de passarinho morto e tentei lhe dar um enterro digno com direito a caixão feito de alguns gravetos traçados e uma pequena procissão com a presença de duas das minhas primas. A brincandeira foi interrompida por uma furiosa tia Ita, que com voz rouca de raiva e sombracelhas tensas como se estivessem prontas a serem atiradas para cima, me condenava por estar brincando com coisa séria e por ter havido ignorado o verdadeiro enterro.

A casa da minha vó era grande; nao era divida ainda em uma loja e tres apartamentos como é nos dias de hoje. Haviam escadas com corrimão de marmore proprias para serem usadas como escorrega pelas crianças. Uma escada em especial me intrigava. Ela nao levava a lugar nenhum, parava onde o chao do segundo piso aparecia como teto rebaixado. Eu gostava de imaginar que alem dela existia algum misterio. A casa toda transmitia um ar misterioso para mim. Teto alto, móveis e objetos escuros e antigos, fotos de parentes já falecidos nas paredes e em pequenas molduras espalhadas pelos móveis, atraiam a rechaçavam a direção do meu olhar.

Rezava-se várias vezes ao dia. O som de vozes declamando o rosário e o constante cheiro de velas, mais as imagens de santas sofridas e quadros de Jesus com olhares vigilantes, lembravam a mim que naquela casa os mortos eram lembrados. Enquanto rezávamos as Ave Marias e Pai Nossos em voz alta, mantinhamos a cabeca e olhos ligeiramente apontados para cima como se esperăssemos que eles dessem algum sinal, pelo menos pelo lado espiritual. Isso me assustava um pouco, e a possibilidade de que alguem já falecido se expressasse visualmente devido aos constantes pedidos em preces me apavorava.

Havia bastante espaço em termos de quintais e pequenos jardins. O jardim mais bonito e bem cuidado ocupava o lado direito da frente da casa e mudou pouco nos dias de hoje. Ele é todo pavimentado com blocos de pedra; as plantas estão ou em vasos e jardineiras ou no chão em terra exposta rodeada por pedras. Flores como roseiras, azaléias, beijos e outras um pouco mais exoticas; anturios, filodendros e outras folhagens tropicais, que juntos com mesas e assentos de marmore e bancos maciços de concreto faziam, de forma despretensiosa mas harmonica, que esse jardim desse a sensação de que possuíamos um parquinho particular.

Dessa área descia-se por uma pequena escada para chegar na parte traseira onde o quintal se extendia para a direita e desviava para a esquerda atravessando os quintais de pelo menos uma duzia de casas e seguia até o limite urbano da cidade. Esse longo e estreito quintal era murado aos lados mas năo no final, onde ele se disperssava em pastos de pequenos sitios já no principio da zona rural. Todo esse enorme territorio nos era proibido a exploração devido ao mato fechado e a imensa quantidade de cobras.

A parte desse quintal logo atras da casa ainda recebia algum cuidado por ser área de uso. Um tanque no centro e duas pequenas estruturas construidas que serviam de dispensa ou eram usadas como moradia quando preciso requeriam o tráfego de pessoas. Arvores frutiferas de copas cheias deixavam o solo sempre úmido e cobertos de matéria orgãnica. As mangueiras varias vezes ao ano deixavam o chão sujo com uma quantidade indejada de mangas em estados diversos de putrificação. Agarradas nessas mangueiras uns tres tipos de orquideas e algumas bromélias, que eram e ainda são chamadas de pragas por aquelas bandas, surpreendiam com sua abundancia de lindas flores e pela indiferença com que elas eram recebidas.

Havia ainda um pequeno jardim no lado esquerdo e atrás da casa tambem com jeito de pracinha, isto é, pavimentado e bem cuidado. Ele dava entrada para um quarto espaçoso, alto, escuro e sem janelas. Nesse quarto haviam objetos guardados que vinham de varias geraçoes: Fotografias antigas em caixas de camisas masculinas e baús com roupas e fantasias de carnaval de outras epocas. O que mais me fascinava porem eram duas caixas de sapatos repletas de botões de roupas que minha vó colecionava. Já naquela epóca eles pareciam vir de roupas da moda de décadas passadas. Tudo que tinha nesse quarto e que me fazia imaginar que tinhamos um pequeno museu historico da familia não existe mais. Ninguem sabe de que maneira foram dispensados e para onde foram.

Um incidente com uma cobra contou com meu envolvimento direto e está ainda vivo na minha mente por seu caráter, digamos assim, um pouco bizarro. Ao lado do tanque no quintal posterior havia um tampão de cimento que cobria, fui saber depois que ele foi descoberto, uma caixa de gordura ocupando uma metade e pedras para construção na outra metade, que era rasa e parecia não ter razão de ser. Estava eu conversando com minhas primas quando decidi sentar na superficie desse tampão. Por motivos que desconheço eu resolvi me sentar justamente em cima de uma rachadura que abria uma pequena fenda no cimento. A ação de sentar foi instantaneamente seguida da de levantar e olhar para trás para o buraco e ver um pequena forma triangular se mexer e voltar para o escuro do interior do caixão de cimento. Acionei o alerta que tinha visto uma cobra.

Um primo da minha vó, Paulo, que naquela época habitava um quarto na parte direita desse quintal, de onde partiu sem nunca mais dar notícias depois que ganhou na loteria, foi chamado para resolver o problema. Ele era qualificado para esse trabalho, uma vez que tinha como suplemento de renda a captura de cobras que ele encontrava com uma certa frequencia, e a venda delas para a fabricação de soro anti-ofídico. Quando chegou para executar o serviço veio acompanhado de tres outros homens, que juntos teriam a força necessária para levantar o pesado tampão de cimento. Minha vó, vendo toda aquela mobilização, me ameaçou com uma surra no evento de que tudo fosse somente produto da minha imaginação. Me postei no topo da pequena escada de cimento que dava para o quintal de cima e dalí para a rua e esperei para a confirmação do nada e para a hora em que deveria escapulir. O tampão foi retirado e durante alguns segundos de silencio em que parecia que meu falso julgamento seria revelado, uma cobra vermelha, preta e branca apareceu deslizando sinuosamente entre as pedras. Ela foi imobilizada e rapidamente retirada pela destreza do experiente Paulo, que apertando a cobra pela parte logo abaixo da cabeça tratou logo de colocá-la dentro de um garrafão vazio de vinho. A cobra coral, depois de alguns momentos no garrafão e nauseada pelo pouco ar dentro, expeliu um pequeno sapo que ainda em sua forma pré-digerida boiava em um liquido esverdeado.

Quando eu tinha 9 anos...

No dia que meu pai morreu eu estava assistindo a uma aula de catecismo. Tinha oito anos de idade e morava em Santa Rita do Sapucai, uma pequena cidade na região sul de Minas Gerais. Uma moça que trabalhava no local apareceu na minha sala acompanhada de uma menina vizinha minha e pediu para acompanhar-la sem dizer qualquer coisa alem de que me chamavam da minha casa. Eu tambem nao perguntei porque estavamos saindo. Elas caminharam comigo ate a entrada da minha casa, que ficava talvez a menos de 100 metros do local.

Percebi que alguma coisa estava fora do normal antes mesmo de entrar. Da rua eu já avistava vários carros estacionados em frente a casa. Esses carros, alguns grandes e escuros como veiculos officiais, entregavam uma presença sinistra; alguma coisa importante e extraordinária se passava ali. Fui recebido primeiro por minha tia Ita - que por uma conveniencia do destino nos visitava - que chorando e com grande economia de palavras dizia que meu pai havia falecido. Fui levado para o quarto onde meus outros quarto irmãos maiores de idade do que eu mas menores de idade no estatuto, estavam deitados, cada um em sua respectiva cama e todos chorando. Eu me juntei a eles na cama, mas não no choro. Nao me lembro de quem cuidava de meu irmão mais novo que tinha menos de um ano de idade. Minha mãe estava em outro comodo, talvez em estado de choque, sendo amparada por nao sei quem e nem por quantos daquelas adultos que eu nao lembrava de ter havido conhecido. Ela começava ali tres dias de choro quase ininterrupto.

Meu pai havia saido com sua Vemaguete azul clara naquela manha de sábado a trabalho. Ele iria a uma cidade vizinha, Varginha, avaliar a abertura de uma sucursal do Banco Nacional onde trabalhava como gerente geral.

Ele viajava com um funcionario do banco. Quando passavam por um trevo rodoviário em Pouso Alegre foram atingidos pelo lado por uma caminhonete velha e mal mantida, daquelas que trazem produtos da roça e possuem a caçamba ladeada por uma cerca baixa de madeira. A Vemaguete capotou e meu pai teve morte instantanea provocada por a uma pancada na tempora. O carona sobreviveu.

Fomos no mesmo dia, eu e toda a familia, levados ao necroterio da cidade vizinha onde meu pai ja estava preparado para ser velado, deitado em um caixão com a pele limpa e aquele ar sereno de quem se encontrava no meio do mais tranquilo dos sonos.

Olhei meu pai naquela casinha sem janelas impregnada com cheiro de cravos onde o unico elemento decorativo era um caixao no centro e sai para me sentar no meio fio da estreita calçada que circulava a estrutura. Até então não só năo havia derramado uma só lagrima como tambem nao havia dito uma palavra. Uma conclusão fácil, rapida e insuficientemente examinada diria que era um comportamento normal para uma criança da minha idade que nao comprendia a dimensão da tragédia; e talvez fosse. Eu acredito porem que alem da negação ao fato eu estava tentando não colaborar com a tristeza geral. Mantendo me não envolvido, eu estaria deixando espaco naquela atmosfera triste e confusa para ser ocupado por outros.

O enterro aconteceu dois dias depois em Carmo, cidade no interior do estado do Rio onde moravam minha avó e alguns menbros da familia extensa dos meus pais. A procissao do enterro foi acompanha por muita gente que meus poucos oito anos de vida impedia de haver conhecido; e mais uma vez eu nao me fiz presente.

Em Carmo fiquei por algumas semanas ate que minha măe, de volta a Santa Rita com meus irmaos, tentasse restabelecer alguma ordem na casa. Ela foi bem sucedida de certo modo, e considerando as circunstancias, suportou a pressão de maneira corajosa e resoluta.

Quanto a mim, continuei sem entender bem o significado de tudo que acontecia. Nada parecia me afetar, A ocorrencia da morte do meu pai ficou assim difusa entre tantos outros mistérios na vida de um menino de oito anos.